Emissões de gases com efeito de estufa sofrem redução de 4 milhões de toneladas

16-05-2011 12:48

 

Electricidade 2010: Portugal mais renovável mas menos eficiente

Emissões de gases com efeito de estufa sofrem redução de 4 milhões de toneladas

A Quercus analisou os dados de produção e consumo de electricidade em 2010, recorrendo a informação disponibilizada pelas Redes Energéticas Nacionais (REN) relativos à totalidade desse ano. Em 2010, estima-se que o aumento do PIB rondou os 1,5%, enquanto que o consumo de electricidade atingiu mais do dobro (3,3%). À excepção de 2007, Portugal não tem conseguido inverter esta tendência. Isto é, continua a precisar de mais electricidade para produzir uma unidade de riqueza.

 
17:13 Quarta feira, 12 de Jan de 2011
 
Emissões de gases com efeito de estufa sofrem redução de 4 milhões de toneladas
 
 
Quercus faz análise dos dados de produção e consumo de electricidade em 2010 

A Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza recorreu aos dados disponibilizados pelas Redes Energéticas Nacionais (REN) relativos à totalidade do ano de 2010. 

Portugal está sujeito a uma enorme variabilidade climática com incidência quer no recurso à produção de electricidade a partir de fontes renováveis (em particular à hídrica), quer nas necessidades de aquecimento e arrefecimento, nos sectores doméstico e de serviços, que condicionam o consumo. Estes factos foram determinantes no ano de 2010, onde o peso das energias renováveis foi o mais elevado de sempre nos últimos anos, principalmente devido a ter sido um ano muito húmido com forte produção hidroeléctrica (mais 88,4% que em 2009), mas também devido ao aumento da produção eólica em cerca de 20%. 

Portugal menos eficiente - consumo de electricidade aumentou 3,3%; intensidade energética (na electricidade) continua a aumentar 

Entre os aspectos pertinentes da análise efectuada está o facto do consumo de electricidade ter aumentado a um ritmo bem mais acelerado que a variação prevista para o Produto Interno Bruto. Em 2008 o aumento de consumo de electricidade foi de 1%, mas superior à variação do PIB (0,3%). Em 2009, resultado do abrandamento da actividade económica, o PIB contraiu-se 2,7% em relação a 2008, mas o consumo de electricidade apenas se reduziu em 1,4%. Em 2010, estima-se que o aumento do PIB rondará os 1,5%, enquanto que o consumo de electricidade atingiu mais do dobro (3,3%). A relação entre o consumo de electricidade e o PIB denomina-se por intensidade energética (neste caso limitada à electricidade) e é um indicador de eficiência. À excepção de 2007, Portugal não tem conseguido inverter esta tendência. Isto é, continua a precisar de mais electricidade para produzir uma unidade de riqueza. 
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