30 laboratórios fizeram retrato nacional do ruído ambiente

16-05-2011 12:30

 Cerca de trinta laboratórios nacionais estiveram hoje envolvidos numa iniciativa que pretendeu fazer um retrato dos níveis de ruído em vários pontos do país, sobretudo junto a locais considerados sensíveis e com alguma visibilidade pública.

Em Lisboa, o engenheiro e presidente da Sociedade Portuguesa de Acústica, Jorge Patrício, reuniu alguns colaboradores para aferir os valores do ruído esta manhã, na zona de Alvalade, junto a uma escola secundária e a uma área residencial, mas também marcada por uma intensa circulação automóvel.

Mesmo já fora da hora de ponta, os valores obtidos a meio da manhã estavam acima daqueles que o especialista considera aceitáveis.

"Nós nesta situação já atingimos uns valores superiores àqueles que a legislação apontaria para esta zona. Neste local medimos cerca de 68/69 decibéis. Esse valor para uma zona residencial e com uma escola ao lado, que deveria ter valores máximos de 65, mas desejavelmente na ordem dos 55, está relativamente elevado", disse Jorge Patrício.

Ainda que considere que a legislação portuguesa relativa ao ruído ambiente seja "adequada", Jorge Patrício põe em causa que a sua verificação "seja efectiva".

E, mesmo reconhecendo que é às autarquias que cabe o papel mais importante na fiscalização do cumprimento das normas e na adoção de medidas que permitam reduzir os níveis de ruído - como a gestão do tráfego -, o presidente da Sociedade Portuguesa de Acústica lembra que há pequenas mudanças de comportamento que podem ter um impacto significativo, inclusive para a preservação da saúde humana.

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