Cidades Verdes

Mais de metade da população mundial vive, actualmente, em áreas urbanas as quais são responsáveis por cerca de 80% do total das emissões dos gases de efeito de estufa. Se o mundo, cada vez mais urbanizado, quer realmente enfrentar os desafios ecológicos, fica assim claro que as cidades têm de fazer parte da solução.

Muitas cidades europeias demonstraram estar empenhadas em cumprir o compromisso de reduzir o impacto ambiental nas suas áreas, ao aderirem ao programa Pacto das Autarquias, uma iniciativa da Comissão Europeia e que tem como objectivo levar os municípios a cortar, pelo menos 20% das suas emissões de carbono, até 2020.

O prémio é atribuído a uma cidade europeia que tenha demonstrado atingir um recorde bem definido em termos de elevados padrões ambientais e esteja empenhada em continuar a trabalhar para objectivos ambiciosos, relacionados com mais melhorias ambientais e desenvolvimento sustentável. Assim, medidas como a cooperação e parceria entre autoridades, cidadãos, sector industrial e outras partes envolvidas, a implementação de soluções de mobilidade sustentável, a introdução e ampliação de parques e áreas recreativas, uma abordagem moderna à gestão de resíduos, soluções inovadoras para a poluição sonora e uma abordagem integrada de gestão urbana, de forma a garantir efeitos positivos a longo prazo são indispensável para uma gorvenança ambiental eficaz. Os principais parâmetros utilizados para a escolha anual da cidade verde europeia são: emissão de dióxido de carbono por pessoa, consumo de energia por pessoa, a percentagem de energia renovável consumida pela cidade, percentagem de cidadãos que se deslocam a pé, de bicicleta ou de transportes públicos para o emprego, consumo anual de água por pessoa e percentagem de lixo reciclado.

A Capital Verde da Europa deve ainda ser capaz de actuar como modelo de desempenho inspirador para outras cidades e de promover as melhores práticas em outras cidades europeias.

Estocolmo, cidade vencedora de 2010, é uma cidade com 800 000 habitantes, que está na vanguarda da vida citadina amiga do ambiente. Cerca de 95% da população da cidade vive a menos de 300 metros de zonas verdes que melhoram a qualidade de vida local, favorecendo as actividades recreativas, a purificação da água, a redução de ruído e uma melhoria em termos de biodiversidade e ecologia. Um sistema pioneiro de taxas para combater o congestionamento reduzida a utilização de automóveis, aumentou a utilização dos transportes públicos e reduziu as emissões. Estocolmo conseguiu uma redução de 25% nas emissões de CO2 por habitante desde 1990, atingindo um nível de emissões correspondente a cerca de metade da média nacional da Suécia. Além disso, impôs a si própria o objectivo ambicioso de eliminar os combustíveis fósseis até 2050. A cidade possui um sistema de gestão integrado que assegura a contemplação das questões ambientais no orçamento da cidade.