Trópicos e recursos naturais em declínio a um ritmo alarmante -WWF - Relatório Planeta Vivo 2010
16-05-2011 12:52
Trópicos e recursos naturais em declínio a um ritmo alarmante -WWF - Relatório Planeta Vivo 2010Novos dados mostram que as populações de espécies tropicais estão a decair de maneira alarmante e que a procura humana de recursos naturais está a atingir níveis nunca vistos, rondando os 50 por cento acima do que a Terra pode oferecer - revela a edição 2010 da publicação emblemática da WWF, Relatório Planeta Vivo, o estudo de referência sobre a saúde do planeta.
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O relatório bianual, produzido em colaboração com a Zoological Society of London e a Global Footprint Network, utiliza o Índice global Planeta Vivo para avaliar o estado de conservação de aproximadamente 8,000 populações de mais de 2,500 espécies. Este Índice global diminuiu 30 por cento desde 1970, especialmente ao nível das espécies tropicais, cujo índice decresceu 60% em menos de 40 anos. "A taxa de perda de biodiversidade é alarmante, principalmente nos países tropicais, ao mesmo tempo que o mundo desenvolvido vive num falso paraíso, alimentado por um consumo excessivo e altas emissões de carbono," afirma Jim Leape, Director Geral da WWF Internacional. As emissões de carbono são a principal causa da tendência do planeta para um eventual colapso ecológico. A pegada de carbono aumentou cerca de 11 vezes nas últimas cinco décadas, o que significa que, hoje em dia, as emissões de carbono representam mais de metade da Pegada Ecológica global. No top 10 dos países com a maior Pegada Ecológica por habitante estão os Emirados Árabes Unidos, Qatar, Dinamarca, Bélgica, Estados Unidos, Estónia, Canadá, Austrália, Kuwait e Irlanda. Os 31 países da OCDE, que incluem as mais ricas economias do mundo, representam quase 40 por cento da pegada global. Actualmente, são quase o dobro das pessoas que vivem nos países BRIC - Brasil, Rússia, Índia e China - comparativamente aos países da OCDE; o relatório mostra que actualmente a pegada ecológica das pessoas que vivem nos países BRIC está numa trajectória que poderá ultrapassar o bloco OCDE, caso sigam um modelo de desenvolvimento semelhante. O relatório evidencia ainda que o declínio profundo da biodiversidade é menor nos países com menores rendimentos, onde se verificou um declínio de aproximadamente 60 por cento em menos de 40 anos. A maior pegada ecológica encontra-se nos países com maiores rendimentos, sendo cinco vezes superior, em média, à dos países com menores rendimentos, o que sugere que o consumo insustentável nas nações mais ricas depende largamente dos recursos naturais das nações mais pobres (normalmente países tropicais ricos em recursos naturais). "O desafio que o Relatório Planeta Vivo coloca é claro", afirma Leape. "Precisamos de alguma forma, de encontrar um caminho para satisfazer as necessidades de uma população em crescimento com os recursos deste planeta. Todos nós temos que encontrar uma forma de fazer escolhas melhores sobre o que consumimos e como produzimos e usamos a energia." |
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